A retórica do desemprego dito "jovem" não poderia ser, no meu entendimento, mais errada quando na verdade está em curso toda uma política de desestruturação da sociedade (ordem geracional) e, sobretudo, a precarização das condições laborais.
É verdade que o desemprego é um flagelo. Mas não é verdade que exista só um problema com o desemprego dito "jovem". Existe um problema de desemprego. Ponto. E grave. E quanto mais avançada é a idade do desempregado, mais grave se torna a situação.
Peguemos num exemplo da retórica do desemprego dito "jovem":
Então e quando se deixa de ser "jovem"? Aos 25? 28? 30? E se focalizarmos unicamente as políticas de emprego nos ditos "jovens" (dos 15 aos 24 anos) o que acontece àqueles cujos projectos de vida já estão em curso e não têm emprego para os prosseguir? Não passará tudo isto de retórica falaciosa? No final de contas, não seria mais fácil considerar o problema do desemprego como um todo, respeitando a ordem geracional? Não se estará a criar um novo problema?
Faço minhas palavras as palavras do artigo de Aurora Teixeira:
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