quinta-feira, 25 de abril de 2019

Afinal, onde se traça o limite?


A publicação de uma crónica (aqui) sobre o facto de os "professores contratados serem considerados zero" motivou as mais diversas reações pelos grupos de professores na rede social facebook. 

Pelo que pude perceber, a maior parte das reações foi suscitada pelo facto de se ter usado a palavra "zero" para ilustrar a situação em que se encontram atualmente os muitos dos professores contratados. Não tardaram, assim, as mais diversas respostas por parte de professores contratados e de carreira, estes últimos a considerarem-se  tão "zero" quanto os primeiros. E é aí que considero ser difícil traçar um limite, já que acabamos por observar tipicamente este tipo de reações na classe docente: nunca ninguém está bem como está e cada um está sempre pior do que o outro.

Ora, se estamos a falar de professores que, mesmo contando já com muitos anos de serviço, não conseguem alcançar qualquer estabilidade profissional, alternam entre anos em que conseguem uma colocação e outros em que não ficam colocados,  anos em que conseguem ficar colocados mais longe e anos em que estão menos longe, anos em que conseguem mais umas horas e anos em que ficam todo o ano letivo com horários muito pequenos, se o zero não serve, então qual é o limite? Abaixo de zero? 



(Arquillect)

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