segunda-feira, 27 de maio de 2019

Breves considerações sobre as Europeias


A "culpa" se esse sentimento de "culpa" realmente existe, será derivado a variodos factores,que  no meu ponto de vista se centram desde ao:

 - desinteresse dos cidadãos em fazer parte do processo de decisão provavelmente por se sentirem excluídos por parte dos partidos políticos e dos eurodeputados que são escolhidos para o P.E.;

- falta de transparência e informação sobre o posicionamentos dos partidos e dos seus protagonistas no que concerne à política europeia e dos seus programas eleitorais;

- fraca cobertura da comunicação social não servindo para informar mas sim influenciar o voto. 

Resultados da noite eleitoral: 

- Abstenção de 68% onde apenas cerca de três milhões votaram por aproximadamente dez milhões de cidadãos (case-study);

Partido Socialista que clama vitória assente em apenas em 33% das opções dos portugueses quando tinham um cabeça de lista nada carismático mas tendo como figura de proa constantemente na campanha eleitoral o Primeiro-Ministro e uma máquina socialista bem oleada; Supõem-se que o PS se junte aos liberais no P.E.;

- Bloco de Esquerda que se cimenta como 3.ª força política mais votada, no entanto, não ser um partido naturalmente pró-europeísta;

- PAN surpreendentemente elege um eurodeputado tornando-se um partido que sem aparente ideologia e sem estratégia política europeia definida mas assente num discurso ecológico. Tudo indica que se junte aos verdes europeus.

- CDU ao contrário do notíciado como "catástrofe" poderá ainda ter dois deputados eleitos  deixando as coisas quase igualadas como em 2014 apesar da queda da percentagem de votos nas urnas e menos um deputado. Tudo isto, apesar do carisma do João Ferreira e sendo o PCP um partido assumidamente eurocéptico;

- PSD sai derrotado como principal força de oposição com Rangel como cabeça de lista que teve sempre um discurso mais de "senador" do que candidato às eleições e que não belisca em nada as suas aspirações de se coligar à Órban e Webber em breve no P.E.;

- CDS-PP saí derrotado principalmente pelo discurso radical de Nuno Melo apesar de ter a líder do partido sempre presente em campanha. Campanha assente na vulgarização da política e na culpabilização de tudo e todos sem qualquer ideia para a Europa (tal como os seus Outddors de campanha). 

PDR de Marinho e Pinto como o grande perdedor da noite de eleições e sem direito a qualquer cobertura jornalística que comprove o "pós-mortem".


Umas palavras para os restantes partidos que apesar de não elegerem poderão ainda ter alguma influência nas próximas eleições legislativas de 2019 em forma de voto útil:

- Aliança não consegue, apesar de todos os esforços de promoção por parte da  comunicação social eleger provando que a "marca" Santana Lopes não tem tanta influência de voto nas urnas mas que ainda poderá servir de "muleta" para uma tentativa  desesperada de uma "geringonça" à direita;

Partido Livre quiçá o mais preocupado nestas eleições em debater realmente temas sobre as eleições europeias, sendo Rui Tavares de longe, um dos candidato mais bem preparados para o cargo de eurodeputado e que mais sofreu pela falta de uma cobertura médiatica não tendo sido eleito mas sendo os resultados eleitorais esperançosos para um lugares de deputados elegíveis nas eleições legislativas que se avizinham.  


Quando ao resto, resta dizer que apesar dos números da abstenção comprova-se que os portugueses não votam  partidos de cariz extremista, populista e nacionalista ou com promessas de desmembrar o Estado Social como forma de voto de protesto.  E isso ainda são boas notícias na história destas eleições.

Quanto aos professores concretamente, não existiu qualquer leitura política de correlação causa/efeito dos resultados eleitorais que tivesse sido oriunda do  descontentamente da classe. Assim, continua tudo como "Business as usual"...



(Arquillect)


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