quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A entrevista de um derrotado

Quem viu a entrevista de ontem de cRato terá percebido que o ministro derrotado foi à RTP tentar mais uma manobra de diversão. Em tom nervoso em cada afirmação e com o olhar fisgado no papelinho em cima da mesa, cRato foi proferindo incoerências atrás de incoerências que, no meu ponto de vista, podem ter contribuído para a sua morte política. 

Temos um ministro que se rege apenas pela ideologia teórica, contribuindo para a decadência do Ensino Público e para a degradação da carreira docente (apelidando professores de "candidatos" e desconfiando das instituições formadoras, em particular as escolas superiores de educação). E desenganem-se, nada disto tem a ver com a situação financeira do país. O ministro revelou nada saber sobre a carreira docente e as suas especificidades. E tendo em conta as declarações do presidente do Conselho dos Politécnicos, era bom que os professores do ensino superior passassem das palavras aos actos. 

Preste-se atenção às declarações exactas de Nuno cRato pois já veio dizer que não disse o que disse:

"O sistema de formação de professores tem neste momento várias falhas."

"Há professores licenciados por universidades e há professores licenciados por escolas superiores. As escolas superiores e as universidades têm características diferentes e critérios de exigência muito diferentes (...). A minha dúvida incide sobre a preparação que incide sobre esses licenciados [das escolas superiores]."

"[Um professor pode entrar no sistema público sem aprender a ensinar?] Pode. Pois pode, pois pode. É previsível que esse ele [professor] tenha aprendido a leccionar através de um estágio que está incorporado na sua licenciatura. Mas como eu estou a dizer, as universidades e as escolas superiores de educação têm critérios muito diversos."



(Fonte: Calimero Sousa)

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