As palavras mágicas em contra corrente

Pela primeira vez, depois do ataque sistemático ao "pudim" (que parece estar cada vez mais perto de ser concretizado) ouvi hoje as palavras "mágicas" sobre a solução para o estado catatónico em que se encontram os concursos de professores. 

Nas ilhas o recrutamento é efectuado apenas e unicamente de uma forma: 

Apenas um instrumento: lista única por grupos de recrutamento e um único organismo [3.30].

Enquanto que a "pólvora" usada aqui pelo Continente é mais o "TNT" em que consiste em tentativas sucessivas de autonomizar/descentralizar/municipalizar a Educação Pública, ao mesmo tempo que se criam sucessivas mudanças legislativas ao sabor ideológico dos partidos no poder.

Até hoje apenas trouxeram: mais injustiça, mais humilhação e abriram a porta ao factor "amiguismo" nos variados concursos de professores em que era suposto haver alguma autonomia. 

Declaração de interesses: nunca irei defender uma autonomia plena dos agrupamentos de modo a dar o arsenal de "pólvora" aos directores. Os concursos devem ser centralizados com regras transparentes para todos. 

Dada a "pólvora" aos directores alguns aparentemente já começam a evidenciar aqueles tão típicos "tiques" conhecidos por tantos professores:

“A diferença é que vamos ter os telefones dos professores e poderemos pressioná-los directamente, no bom sentido."

E isto só agora começou...

(Warner Bros)