segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Como acordar os amarelos "adormecidos"?

Desde que saiu a notícia no DN sobre uma possível ponderação, por parte do ME, do regresso do par pedagógico de Educação Visual e Tecnológica, que muito se tem debatido sobre o tema. Iniciou-se a procura por algum "sangue novo" na liderança da APEVT, para que esta Associação de Professores continue a garantir (como garantiu até ao momento) o seu assento nos órgãos de debate e de discussão de políticas educativas. A resposta dada pelos professores presentes nos recentes encontros regionais foi francamente positiva e as indicações são de que poderá haver uma transição na liderança da APEVT que garanta a sua continuidade.

Mas, como acordar os 
amarelos "adormecidos"? O facto de haver uma comissão provisória que "lidere" a APEVT não significa per se que haja amarelos suficientes para assumir uma batalha em prol da defesa do ensino artístico num currículo mais equilibrado (sendo primordial a defesa da Educação Visual e Tecnológica em moldes diferentes dos actuais). 

A questão que se coloca é: porquê defender a disciplina de Educação Visual e Tecnológica? O que é que os alunos deixaram de aprender e experienciar nos últimos anos? O que deixou de ser feito nas escolas? O que aconteceu ao currículo?

Para melhor entender a gravidade do problema (que vai muito além dos números do desemprego criado) temos que fazer contas a todo o "rosário" e abrir a caixa de pandora, ouvindo histórias que ficaram seladas dentro dos portões das escolas. E perceber que futuro pode haver hoje para a Educação Artística no nosso país, que alterações devem ser introduzidas no currículo para a melhoria do mesmo e como recentrar o debate na importância do papel da Arte na Educação.

Mas tem de haver debate e esse debate só será possível se os "amarelos" despertarem para ele... 


(Nick Blakeman)





1 comentário:

  1. "...A natureza das situações de aprendizagem e experiências educativas em Educação Visual e Tecnológica requerem, como procedimentos fundamentais de ensino, a promoção de situações de natureza prática, nomeadamente: de expressão pessoal, práticas criativas, práticas experimentais e laboratoriais, práticas oficinais e práticas produtivas com transformação de materiais e objetivadas em produções materializadas fisicamente.
    Estas práticas inovadoras não se podem concretizar sem a plena integração destas duas áreas curriculares: separadas, perdem sentido, significado e relevância para os alunos desta faixa etária. O corpo das aprendizagens em EVT integra também a realização de ações práticas que requerem a operação em segurança de utensílios e ferramentas de trabalho.
    A Educação Visual e Tecnológica, assim como a sua expectável recolocação curricular, apresenta na sua configuração e modelo de docência, um contributo inquestionável não só para a inclusão e para o combate ao insucesso escolar pois é um lugar educativo de forte realização pessoal do aluno, mas também possibilita o desenvolvimento de estratégias educativas inter e multidisciplinares orientadas para a heterogeneidade dos públicos escolares.
    A EVT torna-se, assim, lugar de realização pessoal e social promotora de aprendizagens significativas e de forte inclusão escolar..."

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