segunda-feira, 24 de junho de 2019

Tenho saudades dos tempos em que ainda acreditava...


- que leccionar significava muito mais que um simples trabalho;

- que a minha voz e as minhas sugestões seriam ouvidas nos gabinetes das direcções, nos conselhos de turma, nas reuniões de departamento, nas reuniões de grupo, entre os meus pares; 

- que os professores teriam sempre uma voz decisória, crítica, imparcial e assertiva;

- que os ministros da pasta e os partidos políticos poderiam alguma vez melhorar a educação sem ter apenas em vista poupar;

- que os sindicatos de professores não teriam apenas um papel paleativo mas sim preventivo

- que as sucessivas reformas educativas serviriam para melhorar a educação no nosso país;

- que a classe docente é igualitária tanto nos direitos como nos deveres e que nunca cairia no conformismo e no mero umbiguismo;

- em concursos de professores justos e equitativos;

- em oportunidades para os mais "jovens" poderem fazer parte da mudança nos centros decisórios; 

- que haveria luz ao fundo do túnel e que tudo iria melhorar depois de tantos anos a ganhar tão pouco, por vezes a não trabalhar sequer, e a estar sempre tão distante de casa.




Houve uma época em que acreditei em tudo o que mencionei em cima. Reconheço que fui ingénuo, mas por instantes acreditei (suponho que é melhor que o niilismo actual das coisas). 




(Arquillect)

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