quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Um tema incómodo




Basta prestar alguma atenção para constatar como a questão suscita as mais diversas opiniões e "ódios de estimação" pelas redes sociais. Mas a verdade é que esta questão tem estado presente nos concursos de professores ano após ano e este último concurso (CEE) não foi excepção à regra.  

Uma coisa é certa: a questão colocada em cima da mesa não se prende com o mesquinho espírito da segregação de professores oriundos dos privados ou sequer com duvidar da qualidade dos mesmos. Nada disso. A mesma apenas incide sobre a equidade e justiça laboral para os professores que serviram apenas e unicamente no sistema de educação público.

Saliento ainda duas opiniões que me chamaram a atenção:

"Outro estudo pertinente seria analisar o tempo de serviço efetivamente prestado nos grupos em que os professores vincularam. A situação é particularmente grave nos grupos 110 e 910. Vamos ter professores vinculados no 1.º ciclo sem experiência mínima nesse ciclo." (Rui Faria)

"...a questão dos públicos ou privados é de vínculo laboral. Imagine por exemplo uma fábrica têxtil que tem 60 empregadas de confecção a contrato a prazo durante muitos anos, o que é ilegal. O tribunal do trabalho condena a empresa a integrar essas funcionárias no quadro. Para resolve a questão a empresas insere nos seus quadros algumas dessas 60 funcionárias e outras que trabalhavam na confecção ao lado. Acha que o vínculo laboral é o mesmo? Todas são excelentes na máquina de costura e no entanto parece-lhe correto?" (Sofia Correia)

Gostaria desde já de deixar o repto ao Arlindo Ferreira (exímio na análise estatística) para que explore estas questões sem quaisquer tabus.




Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...