sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

E que pensam os directores disto tudo?



Ou seja, os docentes contratados (considerados meros trabalhadores part-time) vêem-se privados, a partir de agora, de entender claramente o que constitui a sua componente lectiva (remunerada) e não lectiva (pro-bono), com o bónus de ainda  ser aplicada pelo IGeFE uma fórmula desonesta que retira direitos em sede de descontos para a Segurança Social. E eles não têm qualquer opinião? Quando o Filinto até costuma ter uma opinião para tudo, não tem uma agora? 

Será que é porque os directores vivem a sua vidinha resguardados pelos "pareceres" do IGeFE em matéria financeira e a gestão dos docentes é feita pela DGAE e eles não sentem que o problema sejam deles? Preferem ver o sistema de RR implodir para depois proporem novamente o recurso à BCE ou ter novamente a CE à la carte? 

Pergunto-me como vão eles resolver a situação nas suas escolas? Através do recurso a horas extraordinárias ao corpo docente do quadro já por si exausto? 

E a CONFAP? Fica em silêncio no meio disto tudo? Não constitui matéria de preocupação para os pais verem que os supostos professores mais novos não têm assim condições de aceitar as vagas nas escolas dos filhos?

Relembro o caso da escola Vasco da Gama de Lisboa (escola elite de Lisboa) que teve problemas com colocação de professores neste ano lectivo. O mais estranho é que nunca se especificou, nem sequer a diretora mencionou, os motivos pelos quais os professores colocados denunciaram os seus contratos? Será que foi porque não existiram condições para aceitar os horários (muitas vezes incompletos) a concurso e os professores não tiveram outra saída senão denunciar? 


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