sábado, 9 de maio de 2015

PACC - Considero intelectualmente desonesta...


...a leitura que tem vindo a ser emanada pela comunicação social sobre os resultados da componente específica da PACC. Houve até um caso em particular em que os comentários chegaram a um ponto tão agressivo que foram todos removidos da página. 

Considero que, para se proceder a uma leitura abrangente dos resultados, há que ter em conta alguns aspectos. Um deles é que nos resultados que vieram a público não é feita a diferença entre candidatos "não aprovados" (chumbados) e candidatos que "não realizaram a prova.Outro é o tratamento e análise estatística dos resultados. Devo relembrar que esse tratamento é feito por parte interessada no processo e realizada num ambiente rigorosamente fechado (até hermeticamente, diria). Já para não falar de outras variáveis que já foram sendo repetidas até à exaustão. 

Existe claramente a intenção por parte de Crato de ganhar o argumento de "seleccionar os melhores", conquistando desse modo a opinião da sociedade (à semelhança de outra anterior ministra). Esse caminho é feito "enxovalhando" os professores, reduzindo a sua competência,  excluindo "candidatos" ao ensino e mantendo o clima de medo nos restantes. 


E nem se salvaram as explicações prestadas pela D. Edviges e por Mário Nogueira. Pior mesmo só os habituais silêncios "ruidosos" da FNE (aos quais já nos acostumámos ao longo deste fatídico processo).

Olhando para trás, é perceptível que, nos últimos anos, fruto das políticas de diferentes ministros da educação, a classe docente tem vindo a perder grande parte da autoridade que detinha perante a sociedade. Com este triste capítulo da PACC, este ministério de Crato foi ainda mais longeconseguiu que os professores começassem a perder uma das últimas dimensões da autoridade que ainda conservavam: a autoridade do conhecimento.

Agora resta esperar por artigos à "Homens Cristos" para dar a "estocada final".




(Brian Mccarty)

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