...a leitura que tem vindo a ser emanada pela comunicação social sobre os resultados da componente específica da PACC. Houve até um caso em particular em que os comentários chegaram a um ponto tão agressivo que foram todos removidos da página.
Considero que, para se proceder a uma leitura abrangente dos resultados, há que ter em conta alguns aspectos. Um deles é que nos resultados que vieram a público não é feita a diferença entre candidatos "não aprovados" (chumbados) e candidatos que "não realizaram a prova." Outro é o tratamento e análise estatística dos resultados. Devo relembrar que esse tratamento é feito por parte interessada no processo e realizada num ambiente rigorosamente fechado (até hermeticamente, diria). Já para não falar de outras variáveis que já foram sendo repetidas até à exaustão.
Existe claramente a intenção por parte de Crato de ganhar o argumento de "seleccionar os melhores", conquistando desse modo a opinião da sociedade (à semelhança de outra anterior ministra). Esse caminho é feito "enxovalhando" os professores, reduzindo a sua competência, excluindo "candidatos" ao ensino e mantendo o clima de medo nos restantes.
E nem se salvaram as explicações prestadas pela D. Edviges e por Mário Nogueira. Pior mesmo só os habituais silêncios "ruidosos" da FNE (aos quais já nos acostumámos ao longo deste fatídico processo).
Olhando para trás, é perceptível que, nos últimos anos, fruto das políticas de diferentes ministros da educação, a classe docente tem vindo a perder grande parte da autoridade que detinha perante a sociedade. Com este triste capítulo da PACC, este ministério de Crato foi ainda mais longe e conseguiu que os professores começassem a perder uma das últimas dimensões da autoridade que ainda conservavam: a autoridade do conhecimento.
Olhando para trás, é perceptível que, nos últimos anos, fruto das políticas de diferentes ministros da educação, a classe docente tem vindo a perder grande parte da autoridade que detinha perante a sociedade. Com este triste capítulo da PACC, este ministério de Crato foi ainda mais longe e conseguiu que os professores começassem a perder uma das últimas dimensões da autoridade que ainda conservavam: a autoridade do conhecimento.
Excelente post, Ricardo! Posso levar?
ResponderEliminarClaro que sim.
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