sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O mês "perfeito" de Nuno Crato?

Santana Castilho começou a semana a indicar o que o PS deveria incluir no seu programa. Isto numa semana em que também se realizou um debate televisivo para as legislativas em que nem sequer se mencionou a palavra Educação, quanto mais alguma proposta.


Paulo Guinote acaba por colocar o dedo (como ninguém) na "ferida" exposta em que se transformou a Educação em Portugal, resumindo num parágrafo tudo de mal que se pôs em prática durante estes 4 anos de (des)governação. 

"E já quase ninguém fala do espartilho organizacional de um modelo único de gestão escolar, de uma rede escolar pública cada vez mais rarefeita enquanto se mantêm apoios às parcerias público-privadas no sector, de uma avaliação do desempenho que não passa de um simulacro em tempos de congelamento da carreira docente, da quase total inexistência de uma formação contínua de professores, de um envelhecimento do corpo docente das escolas que é agravado com a redução brutal dos professores contratados e, mais importante, de uma oferta curricular que privilegia um sistema dual que “limpa” das pautas milhares de alunos com dificuldades de aprendizagem ou de enquadramento no currículo tradicional, sem que lhes seja dado um qualquer apoio compensatório que não passe pelo rótulo enganador de um pseudo-“ensino vocacional”.

E depois destes diagnósticos, quem teria também alguma legitimidade para falar sobre o estado da "coisa" (sobretudo por se tratar dos dirigentes dos que gerem as escolas), aparentemente está satisfeito e sem razão para "queixas". 



Se o mês de Setembro de Nuno Crato é assim tão perfeito, por que é que ele próprio não faz parte dos "cortejos" da coligação por esse país fora... porque será?


(Sean Landers)

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